18 de maio de 2008

Ser o Oceano, não a gota.

Estar presente é o bastante!
Nada a ser feito...Nada a acontecer...
Simplesmente convidar o Silêncio a responder todas as questões.
Nem isso, nem aquilo.
Um "Encontro de Budas" onde aquele que assume a Verdade,
a derrama em palavras, em Silêncio,
e aqueles que "pensam-se" separados disso,
percebem-se inexistentes, quando inundados pelo Eterno.
Na presença do Sem-Nome, do Sem-Forma, nada mais permanece.
Quando há luz, não existe escuridão.
Aqui e Agora é o seu habitat natural!
Permitir que isso seja reconhecido e realizado.
"O confronto, o encontro com a Verdade,
cria a clara visão de que você não pode conter o Vazio,
e você se rende a estar contido por isso, que é maior do que você.
Nessa rendição você se torna de verdade, o Oceano.
E a gota, a idéia que você tinha de separação, se desmancha."

Satyaprem



Esse inspirador poema, nos traduz um pouco do significado da grandeza da unidade do nosso ser, da verdadeira forma, não dissimulada, que somos, porém, não sabemos que somos. A dualidade só existe no tempo, passado e futuro não existem, pois um está na memória e o outro na imaginação. Então, nos resta o aqui e agora, o presente, onde se insere toda a existência. A mente, nos faz pensar e nos condiciona, na busca do vir a ser ilusório e sem sentido, mas no silêncio, podemos desligar o pensamento e vislumbrar o que é real e verdadeiro.
O questionamento é importante, para alcançarmos o entendimento, portanto, inclua-se no Oceano, não seja apenas uma gota, seja o Todo.

E lembre-se: Não aceite nada como verdade, somente a sua.

Namastê

29 de março de 2008

Editorial II

Pretendo aqui, tão somente, inspirar o homem de hoje a olhar, não só nas coisas conhecidas, mas naquelas que não se podem ver, tornando a escuridão visível, pois através do processo do conhecimento, pode-se levar o espírito a empreender uma jornada à terra do Desconhecido, único lugar onde a sabedoria pode ser descoberta. O caminho deve ser feito sem auxílio de um guru, pois a verdade é uma para cada um e somente a experiência vivida individualmente é real.

O homem moderno pode argumentar que não é tempo para falar da eficácia prática de ensinamentos antigos, em uma era de ciência e tecnologia, em que estamos preocupados com os duros fatos da vida e não com temas remotos e obscuros. Entretanto, o estudo filosófico e do auto conhecimento, não é desinteressante e não se ocupa com especulações metafísicas ou sutilezas minuciosas nem com algo remoto e abstrato, seu principal interesse é naquilo que é intensamente prático, que nos ajuda a resolver as confusões e perplexidades nas quais a civilização de hoje em dia parece estar enredada. Ajuda a diminuir o stress, a perceber e conduzir o fluxo das emoções, a sentir mais confiança em nossos atos, a desenvolver um controle sobre a mente, não deixando que ela nos dirija, jogando nossos pensamentos de um lado para outro e nos deixando sem rumo. A nossa percepção das coisas se torna cada vez mais aguçada, e pouco a pouco, nos prepara para alcançar o autocontrole e domínio sobre a vontade de nossos corpos e mentes.

A função da filosofia é nos orientar no caminho que nos leva ao conhecimento de nós mesmos.

O homem natural, se preocupa com a busca de todas as coisas, enquanto que no homem espiritual, existe apenas a ausência de qualquer busca.

O encontro está no vazio. Quando se esvazia a mente das ilusões criadas pela própria mente, surge o que é real e verdadeiro. A mente livre nos liberta de conceitos e preconceitos.

Alan Watts, um grande pensador de nossos tempos, diz:

“O homem moderno busca a profundidade penetrando na superficialidade. Mas a profundidade é conhecida apenas quando ela revela a si mesma e ela sempre se afasta da mente investigadora”.

É no vazio que se encontra o Todo.


A filosofia é, portanto, apenas um instrumento, que devemos nos servir, para alçar um vôo do solitário para o Solitário, do irreal para o real, para o resgate do que é significativo, ao invés de um mundo destituído de significado. O homem precisa hoje de uma filosofia que o ajude a encontrar caminhos que possam preencher todo seu Ser, se não quiser que as conquistas da ciência não o levem a uma destruição cada vez maior, mas sim às sublimes e majestosas alturas do viver pleno.

Obrigado e continue a acompanhar os próximos posts.
[]

16 de março de 2008

Editorial

Este blog tem o objetivo de auxiliar todos aqueles que estão cansados de uma vida de buscas sem sentido, sem valor real e verdadeiro, e que desejam conhecer as eternas verdades da vida, através de caminhos que comprovem a origem e a essência do nosso ser, trazendo-nos uma consciência plena do real sentido de nossa existência.

Percebemos, que a humanidade caminha no sentido contrário ao que está proposto pela intenção divina, no momento da criação, o que pode ser claramente constatado, pela atual condição humana. Entretanto, essa mudança só é possível, quando aquele que busca as coisas de fora, desista de fazê-lo e se volte para dentro de si mesmo, passando então, a vislumbrar um mundo de riquezas, de valor incalculável e que preencherá todas as suas necessidades de ordem espiritual, transformando uma vida de ilusões em verdade de si mesmo. Porém, para isso é preciso trilhar essa estrada, com perseverança, pois haverá muitas correntes contrárias, tentando impedir que o postulante consiga alcançar a meta, mas, uma vez rompidas as barreiras, a recompensa é tremenda e indescritível.

Inicialmente, para que possamos ter um entendimento claro do tema, sugiro uma frase de René Descartes - "Para chegarmos à verdade, é preciso, uma vez na vida, nos desligarmos de tudo que aprendemos, e começar tudo de novo”. Naturalmente, minha intenção não é convencer e nem converter ninguém, apenas trazer o leitor à reflexão, e a partir daí uma evolução no conhecimento do ser. Acredito que, uma vez conhecido, é inevitável que haja uma transformação, que pode ser alcançada, primeiramente, através da compreensão e posteriormente, uma mudança de foco fará do estudante, um meio em si próprio, levando-o a vislumbrar as possibilidades existentes. Também, para isso, é preciso estar com a mente aberta para entendermos as orientações dos textos sagrados, como por exemplo: “Não atentemos nós nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem; porque as que se vêem são temporárias, e as que não se vêem são eternas”. 2 Cor. 4:18. Infelizmente, a nossa tendência é de atentar para as coisas que se vêem, mas, como já disse o Senhor Dalai Lama, "a motivação da nossa vida é a felicidade", não uma pseudofelicidade, que vem e vai, mas uma que é inata e permanente em todos nós, como um diamante, mas, que foi coberto por uma crosta de poeira, que foi lançada pelo tempo e pelo ego, sendo apenas necessária a remoção da sujeira que a encobre, para que possa ser vivida.

Estarei postando periodicamente, para que possamos caminhar juntos no objetivo das novas descobertas e do crescimento. Obrigado pela audiência de todos. []