29 de março de 2008

Editorial II

Pretendo aqui, tão somente, inspirar o homem de hoje a olhar, não só nas coisas conhecidas, mas naquelas que não se podem ver, tornando a escuridão visível, pois através do processo do conhecimento, pode-se levar o espírito a empreender uma jornada à terra do Desconhecido, único lugar onde a sabedoria pode ser descoberta. O caminho deve ser feito sem auxílio de um guru, pois a verdade é uma para cada um e somente a experiência vivida individualmente é real.

O homem moderno pode argumentar que não é tempo para falar da eficácia prática de ensinamentos antigos, em uma era de ciência e tecnologia, em que estamos preocupados com os duros fatos da vida e não com temas remotos e obscuros. Entretanto, o estudo filosófico e do auto conhecimento, não é desinteressante e não se ocupa com especulações metafísicas ou sutilezas minuciosas nem com algo remoto e abstrato, seu principal interesse é naquilo que é intensamente prático, que nos ajuda a resolver as confusões e perplexidades nas quais a civilização de hoje em dia parece estar enredada. Ajuda a diminuir o stress, a perceber e conduzir o fluxo das emoções, a sentir mais confiança em nossos atos, a desenvolver um controle sobre a mente, não deixando que ela nos dirija, jogando nossos pensamentos de um lado para outro e nos deixando sem rumo. A nossa percepção das coisas se torna cada vez mais aguçada, e pouco a pouco, nos prepara para alcançar o autocontrole e domínio sobre a vontade de nossos corpos e mentes.

A função da filosofia é nos orientar no caminho que nos leva ao conhecimento de nós mesmos.

O homem natural, se preocupa com a busca de todas as coisas, enquanto que no homem espiritual, existe apenas a ausência de qualquer busca.

O encontro está no vazio. Quando se esvazia a mente das ilusões criadas pela própria mente, surge o que é real e verdadeiro. A mente livre nos liberta de conceitos e preconceitos.

Alan Watts, um grande pensador de nossos tempos, diz:

“O homem moderno busca a profundidade penetrando na superficialidade. Mas a profundidade é conhecida apenas quando ela revela a si mesma e ela sempre se afasta da mente investigadora”.

É no vazio que se encontra o Todo.


A filosofia é, portanto, apenas um instrumento, que devemos nos servir, para alçar um vôo do solitário para o Solitário, do irreal para o real, para o resgate do que é significativo, ao invés de um mundo destituído de significado. O homem precisa hoje de uma filosofia que o ajude a encontrar caminhos que possam preencher todo seu Ser, se não quiser que as conquistas da ciência não o levem a uma destruição cada vez maior, mas sim às sublimes e majestosas alturas do viver pleno.

Obrigado e continue a acompanhar os próximos posts.
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16 de março de 2008

Editorial

Este blog tem o objetivo de auxiliar todos aqueles que estão cansados de uma vida de buscas sem sentido, sem valor real e verdadeiro, e que desejam conhecer as eternas verdades da vida, através de caminhos que comprovem a origem e a essência do nosso ser, trazendo-nos uma consciência plena do real sentido de nossa existência.

Percebemos, que a humanidade caminha no sentido contrário ao que está proposto pela intenção divina, no momento da criação, o que pode ser claramente constatado, pela atual condição humana. Entretanto, essa mudança só é possível, quando aquele que busca as coisas de fora, desista de fazê-lo e se volte para dentro de si mesmo, passando então, a vislumbrar um mundo de riquezas, de valor incalculável e que preencherá todas as suas necessidades de ordem espiritual, transformando uma vida de ilusões em verdade de si mesmo. Porém, para isso é preciso trilhar essa estrada, com perseverança, pois haverá muitas correntes contrárias, tentando impedir que o postulante consiga alcançar a meta, mas, uma vez rompidas as barreiras, a recompensa é tremenda e indescritível.

Inicialmente, para que possamos ter um entendimento claro do tema, sugiro uma frase de René Descartes - "Para chegarmos à verdade, é preciso, uma vez na vida, nos desligarmos de tudo que aprendemos, e começar tudo de novo”. Naturalmente, minha intenção não é convencer e nem converter ninguém, apenas trazer o leitor à reflexão, e a partir daí uma evolução no conhecimento do ser. Acredito que, uma vez conhecido, é inevitável que haja uma transformação, que pode ser alcançada, primeiramente, através da compreensão e posteriormente, uma mudança de foco fará do estudante, um meio em si próprio, levando-o a vislumbrar as possibilidades existentes. Também, para isso, é preciso estar com a mente aberta para entendermos as orientações dos textos sagrados, como por exemplo: “Não atentemos nós nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem; porque as que se vêem são temporárias, e as que não se vêem são eternas”. 2 Cor. 4:18. Infelizmente, a nossa tendência é de atentar para as coisas que se vêem, mas, como já disse o Senhor Dalai Lama, "a motivação da nossa vida é a felicidade", não uma pseudofelicidade, que vem e vai, mas uma que é inata e permanente em todos nós, como um diamante, mas, que foi coberto por uma crosta de poeira, que foi lançada pelo tempo e pelo ego, sendo apenas necessária a remoção da sujeira que a encobre, para que possa ser vivida.

Estarei postando periodicamente, para que possamos caminhar juntos no objetivo das novas descobertas e do crescimento. Obrigado pela audiência de todos. []